sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

TERREMOTO

08.02.2011 - Na manhã da terça-feira, outro evento similar, de 5,7 graus na escala Richter, estremeceu a mesma região, localizada no vulnerável norte chileno, onde de acordo com especialistas a qualquer momento pode ocorrer outro grande terremoto.

10.02.2011 -O mistério continua. Vários especialistas e institutos foram consultados pelo JC para tentar explicar o que realmente aconteceu no início da tarde de anteontem, quando várias cidades da região de Bauru sentiram um tremor precedido de um intenso estrondo. As hipóteses variam desde um pequeno terremoto até mesmo a queda de um meteorito nas proximidades.
O fenômeno ocorreu entre 14h30 e 15h30 e foi sentido em várias cidades. Além de Bauru, cidades como Lençóis Paulista, Pederneiras, Boracéia e, principalmente, Agudos e Borebi sentiram o impacto e o barulho assustador.
Inicialmente, a conjectura mais provável era a de que tratava-se de um leve abalo sísmico. Entretanto, o pesquisador George Sand França, da Universidade de Brasília (UnB), afirmou que o observatório de sismologia de Brasília não detectou qualquer registro de tremor.
Porém, George França não descarta totalmente tal hipótese. Segundo ele, há terremotos que atingem determinadas localidades raramente e não são de grande monta. “Eles ocorrem apenas uma vez na região e não são de grande magnitude”, explica.
De acordo com o pesquisador, os equipamentos normalmente detectam tremores acima de 3 ou 3,5 pontos na escala Richter, sendo que, caso o que ocorreu realmente seja um tremor, o abalo teria ficado entre 2 ou 2,1 em tal proporção de magnitude.
Porém, o professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP) Paulo Boggiani não acredita na possibilidade de ter havido um tremor. Ele cita a distância da região em relação a falhas geológicas para justificar sua tese.
Assim, ele aponta que, devido à composição do solo, pode ter havido um desmoronamento sob a superfície da terra. “O solo e as rochas dessa região são bastante arenosos. O que pode ter havido é um desmoronamento subterrâneo. Isso causaria um enorme estrondo, conforme foi descrito pelas pessoas”, teoriza.
Boggiani, contudo, coloca obstáculos à própria proposição, pois, segundo ele, o fenômeno seria algo muito localizado e, desse modo, não poderia ser ouvido em tantos municípios.
Uma tese que ganhou força ontem foi a de uma atividade atmosférica intensa. Segundo especialistas, um forte raio poderia ter causado o grande barulho e a incidência criaria uma onda de vibração com o deslocamento do ar. O professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP Carlos Augusto Morales Rodriguez afirmou que, no horário dos fatos, foram identificados alguns raios na região.
Porém, ele explica que é bastante improvável que a vibração causada pelo impacto de um raio - mesmo forte - possa ser sentida a mais de 20 quilômetros do local de incidência e o IPMet de Bauru não registrou chuvas na região no horário. Já o Inpe observou descargas elétricas na região.

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